FALATÓRIOS

"Arte da Fuga"

Resumo

A psicanálise está viva, atuante e certeira como nunca. Oleitor tem em mãos uma dose forte e concentrada do que vem resultando do processo psicanalítico levado a cabo pela mestria de MD Magno.
 
Colhendo sua fala pública ao longo do biênio 2000/2001, este livro situa para nós o lugar da psicanálise no contexto contemporâneo dos saberes e conhecimentos, ao mesmo tempo que desenvolve os principais pontos de ancoragem conceitual que permitem conceber e apresentar as condições de base de uma Nova Mente. Com ela aprendemos que há criação, caminho e articulação possíveis, agora e adiante.
 
De forma simples e precisa, o autor trata de questões importantes da atualidade como: Arte, Religião, Fé, Monoteísmo / Politeísmo, Razão, Sabedoria, Liberdade, Neurociências, Ética, e Sexualidade, temas que polarizam as discussões da primeira parte do livro intitulada “Arte da Fuga” (2000). O resultado é, entre muitos outros, o tratamento original das lógicas básicas de organização das formações mentais e seus estilos de expressão; e a explicitação das possibilidades de Conhecimento consideradas na perspectiva de uma Gnômica que prescinde da idéia de Sujeito e redefine as noções de Cosnciência, Observante / Observado, Liberdade e Intencionalidade.

Sumário

1 – 08 Abr: Falatório
Falatório: ‘jogar conversa fora’ – Arte da Fuga – Movimento (In)Consciente – Lei fundamental da psicanálise – Indife­renciação – Psicanálise não é filosofia – Arte – Criação de próteses. 
  
2 – 29 Abr: MD Turing
Psicanálise: manejo do Secundário – Gnoma – Hipótese Deus – Idioformação – Cérebro: pro-dução industrial x produção espontânea – Liberdade – Daniel Dennett x John Searle – Ser x Experiência – Prótese – Máquina do MD: Revirão – Bach, Schönberg, Webern.   
 
3 – 13 Mai: Gnômica
Poder, gnômica e ética – Significante / significado / Gnomo – Com-sideração – Hiperdeterminação – Conhecimento: formação resultante de um conjunto siderado de formações.
 
4 – 20 Mai: A política n’amúsica
Sideração entre formações – Subjetividade – Ética e HiperDeterminação – Arte (Art-Ur) – Ética da suspicácia perma­nente – Política da determi­nação das formações – Não há inter­pre­­tações, só há fatos.
 
5 – 10 Jun: Parangolagem
Parangolé – Sujeito – Eu – Ego – Parangolagem das formações – Reflexão – Parangolé catóptrico – Minimalismo tetraédrico de com-sideração – Psico-Análise – Psiconomia – Parangolé regente – Revi­rão ¹ Medi­tação – ‘Eu’: na com-sideração. [Cf. Anexo: 01 Dez 2001: A desfaçatez]
 
6 – 24 Jun: Lógicas
Ter consciência – Sujeito cartesiano – Dois expedientes de liberdade: ago­nística dos poderes e referência à Hiperdeterminação – Pode uma Idiofor­mação decidir pela Hiper­­deter­minação? – Chance de mal-estar na agonística das formações e rememoração da Hiperdetermi­nação – Vinculação absoluta – Lógicas básicas de organização das formações mentais – Lacan: “ma­temas” da sexuação – Lógica da identidade / lógi­ca clássica / lógica dia­lé­tica / lógica hiperdialética ou lógica da diferença – Lógicas consistente e incon­sistente – Lógica da morte – Lógica da afirmação / lógica da dene­gação – Estilística repetitiva: clássico (consistente), barroco (inconsis­tente), maneiro (resis­tente), e tanático (desistente).
 
7 – 08 Jul: Denegação projetiva
Estilos básicos de expressão da Idio­formação: clássico, barroco, maneiro e tanático – Lógica da identidade, ou transcendental / lógica clássica, ou da dupla diferença / lógica dia­lé­tica / lógica da dife­rença – ‘A denegação’ – Princípio de afirmação / Princípio de dne­gação – Princípio de dnega­ção proje­tiva – Não existe o Outro – Dois modos de dene­ga­ção projetiva: orwel­liano e stali­niano – Pode a Idioformação requerer a Hiperdeterminação? – Pode-se aspirar pela liberdade? 
 
8 – 22 Jul: Novamente a sabedoria
É possível à Idio­for­mação buscar seu lugar de Gnoma? – Só há sim: Orwell e Stalin – Mau estado geral da psicanálise – Dissolução das hege­monias ideo­lógi­cas: elogio do ‘capetal’ – Psicaná­lise é produção de sabe­doria – O ana­lista não tem idéias, ele as usa – Estatuto da psicaná­lise é místico.
 
9 – 12 Ago: Sabedoria
François Jullien: ‘um sábio não tem idéia’ – Psicanálise e filosofia – A prótese psicanalítica: prin­cí­pio de quebra de simetria – Sabedoria: a possi­bilidade de referir-se à Hiperdeter­minação – Grécia e China: modos sinto­máticos de estatuir a mesma coisa – Segunda potência do binário – Uma transcendência que não há – ‘O analista só se autoriza por si mesmo’ – Autonomia – Logos do Ocidente. 
 
10 – 26 Ago:
Falatório ¹ Seminário – Estilo do analisando – O passe – ‘Lá’ – Alá – Movi­mento obrigatório do processo libidinal – Ser e Haver – A expe­riência da quebra de simetria – Cunhe-Ser – Impacto de puramente Haver e não poder não-Haver – Discreção do Haver produz infini­tude do Ser – Não há passagem de Haver a Ser acompanhável pelo próprio Ser.
 
11 – 16 Set: (H)a vida é-terna
A pulsão freudiana – A morte não há – Grand Verre, de Marcel Duchamp, como inscrição d’ALEI – Psicanálise e neurociências – A vida é eterna – Saber e juízo foraclusivo – Mau-estado geral da psicanálise– Psica­nálise e Shoah – Não falta nada – Juízo foraclusivo – Dissociação – Perso­nalidade múltipla – Pedofilia e patologia social.
 
12 – 29 Set: A razão e a fé
Que pode ser uma escrita? – O seminário – Sujeito superdesenhado – Pulsão – Certeza da Idioformação: ela há – Santo Agostinho e São Tomás de Aquino – Fé e razão – Parmênides e Heráclito – Fé hierarquica­mente anterior e superior à razão – Estatuto do pensamento é místico.
 
13 – 28 Out: A razão e a fé (cont.)
Impossibilidade de fundamentos para o pensamento contempo­râneo – Psicaná­lise e mercado – Estruturalismo – Razão e fé – Hipótese Deus – Mo­noteísmos regionais – Experiência de Haver ¹ idéia de Ser – Heráclito e Parmê­ni­des – Agostinho e Tomás de Aquino – Fé Hierarquicamente Superior à Razão – Psicanalistas em fuga retrogressiva e psicotizante – Polética – Trabalho do analista: sustentar a disjunção – Shoah Business – Lacan é terminal – Psica­nálise é Arreligião.
 
14 – 11 Nov: A revolta das coisas
Remanescência e contemporaneidade – Poema psicanalítico – Princípio de denegação – Revolução das coisas – Lacanismo: fenômeno latino – Herança teológica do pensamento – Só há monoteísmo regional – Razão hiperde­terminante – Princípio de especiação secundário.
 
15 – 25 Nov: 1500
Leonardo da Vinci, o santo sudário, os templários – Psicanálise: ressexua­li­zação da alma – Psicópolis: psica­nálise, política, ética e direito – Terceiro império face à tecnologia – Psicose, reificação e produção de um cérebro – Renascimento e ebulição tecnológica.


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