SEMINÁRIOS
Est'Ética da Psicanálise - Parte 2Resumo
2ª Parte
Local: Faculdade de Educação da UERJ |
Neste Seminário, MD Magno retoma os temas da Ética, da Estética e da fundamentação Erótica do Inconsciente, já introduzidos em 1989 com omesmo título. É a Est’Ética da Psicanálise, como Arte da reestruturação permanente do Inconsciente, possibilitando a explicitação da Artificialidade de tudo que há e denunciando a Perversidade Social em vigor no mundo contemporâneo.
O autor apresenta os novos conceitos da Psicanálise Propedêutica e Psicanálise Efetiva, importantes para a reformatação do aparelho teórico-clínico da psicanálise que desenvolve desde os anos 1980, e que possibilitam tratamentos originais dos temas do luto e da melancolia, do sigilo profissional, da formação do psicanalista, da transferência (em suas modalidades alta e baixa), da teoria do conhecimento, do sujeito (em sua raridade), da paranóia (e seu sucesso), do um e do múltiplo, dentre muitos outros.
A lúcida exposição da situação a que a psicanálise chegara em 1991, dez anos após a morte de Lacan, torna este livro uma referência fundamental para o entendimento das posições que a vemos tomar frente às recrudescências mentais, sociais e religiosas que continuam se agravando no início do século XXI.
Sumário
1 – 12 Mar
Definição de Est’Ética da psicanálise – Apresentação da ontologia de Alain Badiou –Borromeaneidade das condições de verdade (matêmica, poética, política, erótica) – Lugar da psicanálise diante do projeto filosófico – Crítica à redução e banalização do Sujeito em psicanálise – Questões sobre a raridade da emergência de Sujeito.
2 – 19 Mar
Entendimento da paranóia e seu sucesso – Condições de produção da verdade e sua inclusão no saber – Produção de verdade na formação do analista e no revigoramento da psicanálise – Est’Ética é emergência de verdade e sua expressão no saber.
3 – 26 Mar
Proposição de psicanálise propedêutica e psicanálise efetiva – Reconsideração da transferência a partir da análise propedêutica e efetiva – Três atos de uma análise – Desejo do analista e resistência à análise no momento contemporâneo – Questionamento sobre os aparelhos institucionais compatíveis com análise efetiva.
4 – 02 Abr
Questionamento sobre a formação do analista – Fundamento Zero da função analista – Sessão Clínica: trabalho inter-pares de suspensão e suspeição do lugar de analista – Suspensão do sigilo inter-pares na instituição psicanalítica.
5 – 09 Abr
Indiscernível como função de insistência de análise – Topologia da emergência do sujeito: indiscernível, indecidível, decidível e decisão – Questões sobre o estatuto do sujeito – Indiscernível é única positividade política e ética para a psicanálise.
6 – 16 Abr
Questão sobre a determinação do indiscernível – Entendimento da plenitude do significante e do recalque a partir do Revirão – Gnômica: tríade sígnica do significante/significado/gnomo – Questões sobre a Gnômica e o sujeito.
7 – 30 Abr
Exame da distinção entre luto e melancolia em Freud – Cais Absoluto como entendimento dos vetores de luto e melancolia – Trechos de intervenção no encontro sobre Luto & Melancolia.
8 – 07 Mai
Exame da proposição lacaniana do cogito como Desidero ergo sum – Da equivocação do ato de enunciação à denúncia de Sujeito – Gelassenheit como experiência de entrega e retorno criativo ao Haver – Diferença entre aderência sintomática (opinativo) e tomada de posição ad hoc (tético) – Reposicionamento da ética em psicanálise e suas implicações clínicas – Prótese como lugar lógico anterior e indiferente às possibilidades do tético e do antitético.
9 – 14 Mai
Considerações sobre a formação do operador psicanalítico – Psicanálise é Prótese – Hiper-função mística da psicanálise – Lucidez e prudência do analista dependem de experiência de Cais Absoluto.
10 – 21 Mai
Apresentação e comentário de dois poemas de Augusto dos Anjos – Fazer luto é condição de produção de Belo - Hiperdeterminação é estatuto do Belo – Hipótese do pós-moderno como combinatória de gadgets e suas implicações clínicas – Leitura do poema Luto, publicado emCantoprolixo.
11 – 28 Mai
Formação do psicanalista exige freqüentação de Cais Absoluto – Clínica geral: ação no mundo na referência à experiência de Cais Absoluto – Retomada da distinção entre psicanálise propedêutica e efetiva – Exemplos de exercício de Clínica Geral.
12 – 04 Jun
Outros esclarecimentos sobre impossível, indiscernível, indecidível, decidível e decisão – Política depende do percurso do impossível à decisão – Dinâmica da produção de decisão e seu entendimento vetorial na clínica – Exame da vetorização na neurose e sua relação com perversidade social.
13 – 11 Jun
Razões para a clínica geral no mundo contemporâneo – Exigência de distinção de usos para a palavra verdade – Lugar e função do Absoluto em psicanálise – Morte como objeto fóbico da manipulação perversista do “social” e do mercado.
14 – 18 Jun
Outro em psicanálise é da ordem do indiscernível – Entendimento do que seja “suicidado da sociedade” – Necessidade de manutenção de hierarquia entre o sobre-humano e o primata – Cura como disposição ao indiscernível – Comentário acerca da diferença sexual.
15 – 20 Ago
Reconsideração da questão monismo/dualismo em psicanálise – Razão catóptrica explica distinção entre Haver (Um) e Ser (Multiplicidade) – Consistência, inconsistência e resistência do Haver – Perguntas e respostas sobre distinção Haver/Ser – Trechos de debate realizado em 27 de agosto.
Outras considerações sobre multiplicidade e diferença no contemporâneo – Questionamento acerca do estatuto da Cura – Possibilidades de entendimento do Um: razão dogmática e razão axiomática – Pulsão de morte como Princípio de Castração é referência da sacralidade do Um – Referência ao Um suspende perversão e perversidade.
17 – 10 Set
Homenagem ao evento Lacan (90 Anos) – Trechos de debate realizado em 03 de setembro.
18 – 17 Set
Proposição do Haver como Um – Versões matemáticas do Um: ontologia teológica (Cantor) e ontologia matemática (Badiou) – Entendimento do Terceiro a partir da lógica do Revirão – Sexualidade do Terceiro (Falanjo) é genérica – Trechos de debate realizado em 24 de setembro.
19 – 01 Out
Exame do princípio de identidade a partir do procedimento de metaforização – Crítica da função sujeito pela indiferenciação da linguagem – Denúncia do sujeito é possibilidade de Análise Efetiva.
20 – 08 Out
Hiperdeterminação é referência da operação analítica – Função catóptrica como princípio lógico de sexuação – Fórmulas da sexuação: con-sistência, in-consistência, re-sistência e de-sistência – Estilística do Haver: clássico, barroco e maneiro.
21 – 15 Out
Relação entre fórmulas quânticas de Lacan e teoria dos conjuntos (Bourbaki) – Sexuação como catoptria exige reformulação lógica entre teoria dos conjuntos e topologia – Não da Lei (Lacan) xSim do Desejo (Nova Psicanálise) – Equacionamento do binômio Lei/Desejo por análise efetiva.
22 – 22 Out
Apresentação e comentários sobre Qu’est-ce que la Philosophie?, de Gilles Deleuze e Félix Guattari – Lugar da psicanálise a partir do regime da transferência.
23 – 29 Out
Entendimento de neutralidade a partir da operação do Revirão – Transferência em Lacan e lugar do analista – Formação do analista é disponibilidade à transferência como operação de Espelho – Relação ternária de analista, analisante e analisando.
24 – 05 Nov
Proposição do diagrama da função transferencial a partir da lógica das categorias – Considerações sobre o douto e a ignorância – Trechos de debate realizado em 12 de novembro.
25 – 19 Nov
Tratamento da diferocracia a partir do diagrama da função transferencial – Entendimento da neurose e perversidade sociais.
Anexos: As sombras são; Neron/Noren; L’inconscient est structuré comme on l’engage; Nota sem, a J.-A. Miller (em louvor de antiga amizade).
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