SEMINÁRIOS
Velut LunaResumo
A Clínica Geral da Nova Psicanálise
Local: UnivercidadeDeDeus (1° semestre) e Auditório do CFCH - Centro de Filosofia e Ciências Humanas (UFRJ) (2° semestre) |
O que a psicanálise produziu como Teoria pode ser o desenho de uma organização universal da mente? E o que tem praticado como Clínica é ainda viável no mundo contemporâneo onde tudo se deteriora com rapidez?
São perguntas de MD Magno ao continuar neste Seminário a reformatação da psicanálise que vem realizando desde a década de 1980.
Suas respostas se desenvolvem mediante avanços conceituais originais como o aparelho dosCinco Impérios, que abre uma perspectiva propriamente psicanalítica de entendimento do ‘caminho necessário’ dos desempenhos culturais de nossa espécie em seu perene movimento de busca de maior abstração. Ou como a retomada da questão da Ética da psicanálise para situá-la na Viagem que a Clínica propicia no sentido de, para além das determinações e sobredeterminações, fazer relembrar a HiperDeterminação que nos afeta radicalmente. A ética possível, à qual nada obriga, é a “polética de retorno”: oferecer de bandeja aquilo que se colhe desta viagem ao Cais Absoluto de nossa afetação.
Esta “polética da volta ao retorno do recalcado”, ou “polética do Revirão”, é, aliás, a primeira das três indicadas por MD Magno a partir de “uma ética única de vetor único da psicanálise”. A segunda é a “polética do Falanjo”, ou da “indiferenciação pura e simples” – tanto sexual quanto qualquer outra –, que justamente permite a política do reviramento. A terceira é a da “heurística permanente” em qualquer nível de recalque: viabilizar ao máximo os artifícios industriais que são típicos de nossa espécie.
Sumário
1 – 10 Mar: Nossas realidades virtuais
Reconsideração da postura clínica da psicanálise diante do processo geral de deterioração –Velut Luna como imagem de hiperdeterminação – Hiperdeterminação como referência última de cura – Manejo da ordem primária e secundária a partir da hiperdeterminação – Proposição de dois níveis de realidade virtual: efetiva e em reserva.
2 – 24 Mar: Deontos?
Validade do enunciado lacaniano “não abrir mão do seu desejo” – Na referência à ALEI é impossível abrir mão do desejo – Entendimento do regime de culpa e inocência no cumprimento d’ALEI – Assimilação contemporânea da ética ao exercício superegóico do sintoma – Clínica Geral exige projeto deontológico baseado no Revirão.
3 – 14 Abr: Anamnese
Exigência de anamnese no processo de cura – Comparação entre taoísmo e confucionismo segundo René Guénon – Exemplaridade de taoísmo e confucionismo no entendimento da referência à hiperdeterminação e à Clínica Geral – Esclarecimentos sobre o sentido de anamnese – Apresentação do esquema de vinculações na história do pensamento: AMÃE, OPAI, OFILHO, OESPÍRITO e AMÉM.
4 – 28 Abr: AMÃE... AMÉM
Referência estritamente primária na religião d’AMÃE – Na religião d’OPAI referência é passagem de Primário ao Secundário – Referência estritamente secundária na religião d’OFILHO – Pensamento cristão como exemplaridade de referência secundária – Pensamento gnóstico indica passagem de Secundário para Originário: religião d’OESPÍRITO – Referência ao Originário permite vigência do Vínculo Absoluto na religião do AMÉM – Entendimento do processo de Cura e de anamnese como comparecimento de referência ao Originário.
5 – 12 Mai: Os Cinco Impérios
Equivalência entre ordem simbólica e amor na religião d’OFILHO – Comprometimento da psicanálise com o Terceiro Império – Crítica da redução lacaniana da transferência ao amor e à suposição de saber – Transferência é referência direta ao Vínculo Absoluto – Condição de Vínculo Absoluto é oposição externa entre Haver e não-Haver – Pensamento trágico é entendimento decadente da irreversibilidade.
6 – 26 Mai: As seis referências clínicas
Apanhado dos aparelhos de base da atividade clínica – Primeira referência: ALEI Haver desejo de não-Haver – Segunda referência: três regimes de recalque (primário, secundário e originário) – Terceira referência: Cinco Impérios – Quarta referência: quatro sexos (consistente, inconsistente, insistente e desistente) – Quinta referência: nosologia (neurose, psicose e morfose) – Sexta referência: vetorização segundo eixos tópico, intensivo e liminar.
7 – 09 Jun: Os Impérios ainda
Retomada das principais características dos Impérios – Heresia e gnosticismo são rompimentos em relação à referência paterna – Quinto Império como reconhecimento da hiperversidade d’ALEI – Razão comunicacional é razão sintomática – Possibilidade da instituição psicanalítica diante do problema da razão sintomática – Hiper-mestre se exercita na referência ao AMEM.
8 – 23 Jun: Um odor de pocilga
Clínica Geral: intervenção nas questões do mundo com referência analítica – Denegação nos discursos contemporâneos – “Ética” é baseada em consensos sintomáticos como denegação da falta de fundamentos – Teorema psicanalítico pode estabelecer fundamento ético? – Fundamento místico da psicanálise é garantia de postura suspensiva – Postura suspensiva sustenta ética do bem-dizer – Problema da falta de fundamento ético na atualidade.
9 – 11 ago: O sujeito
Retorno de Freud: inconsciente é da ordem do recalcado – Reelaboração do conceito de recalque: recalque primário, secundário e originário – Inconsciente em nível primário, secundário e originário – Inconsciente é o discurso do mesmo – Dimensionalidades do inconsciente – Inconsciente como superfície do plano projetivo.
10 – 25 ago: O inconsciente
Problematização do conceito de sujeito – Estatuto do Eu (Ich) freudiano – Exame do cogito cartesiano – Sujeito é solução para movimento de dubitação – Sujeito transcendental de Kant – Deslocamento lacaniano do conceito de sujeito – Crítica ao conceito de sujeito como escolha em Badiou – Sujeito da Renúncia: dubitação e exasperação entre Haver e não-Haver.
11 – 08 set: O tempo
Sujeito da Renúncia é atingível no lugar com’Um – Função da análise é encaminhamento para lugar com’Um – Crítica ao conceito de tempo lógico – Ato analítico, indecidibilidade e decisão – Tempo da resistência em psicanálise – Lógica do ato em Lacan é lógica da Hiperdeterminação.
12 – 22 set: A função curativa do trágico
Trágico é o embate entre reversibilidade da mente e irreversibilidade das formações – Cura, progresso e heroísmo: suspensão de irreversibilidade – Essência do trágico é utopia como não-Haver – Proposição de relativismo absoluto – Possibilidade de hierarquia diante do relativismo absoluto.
13 – 06 out: Ética e verdade
Insustentabilidade do relativismo contemporâneo – Hipocrisia filosófica oculta sustentação dos discursos – Verdade coincide com ALEI – Dimensão trágica da ética em psicanálise – Dissociação entre desejo e culpa – Ética da psicanálise coincide com sua operação e com sua verdade – Teatro pedagógico de Brecht: catarse diante do irreversível.
14 – 20 out: A bandeja do herói
Biografia de Galileu como exemplaridade da pedagogia do herói – Definições de Ética, Herói e Trágico – Três Poléticas: 1) Revirão; 2) Indiferenciação; 3) Produção de Próteses – Polética da Bandeja e referência à hiperdeterminação – Crítica do lema ético “ama teu sintoma como a ti mesmo” – Singularidade do herói.
15 – 03 nov: As sombras são
Crise do conhecimento – Maquiavel e a Clínica Geral: Virtude como força de enfrentamento da Fortuna – Vocação iluminista da psicanálise: CLEAN-ICS – Crítica ao conhecimento sustentado na relação sujeito/objeto – Teoria do conhecimento: mapeamento e agonística entre formações – Definição de gnomo – Hiperdeterminação e produção de conhecimento – Perguntas sobre prótese, sujeito da renúncia, criação e conhecimento.
16 – 17 nov: Nossas virtudes reais
Sentido de Clínica Geral – Eliminação de fronteiras entre campos discursivos – Clínica identifica pólos discursivos – Resumo dos principais pontos do seminário.
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